A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) já iniciou a convocação de imigrantes para atendimentos através da nova estrutura de missão anunciada pelo Governo em julho. O espaço para atendimento é um pavilhão no bairro de Telheiras, localizado na Avenida Mahatma Gandhi, e que já funcionou como centro de vacinação da Covid-19. O horário de funcionamento será estendido, de acordo com a intenção previamente anunciada pelo Governo, com atendimentos após o horário comercial, a partir das 18h.
Os cidadãos estão recebendo e-mails da AIMA com orientações para reagendar atendimentos e reenviar os documentos que haviam sido recentemente submetidos na plataforma. No e-mail, a AIMA pede desculpa por qualquer inconveniente causado, justificando a medida como necessária para garantir uma resolução mais rápida dos processos pendentes.
A comunicação também esclarece que a estrutura de missão está implementando novos procedimentos e sistemas de informação, além de criar centros de atendimento por todo o território nacional, o que permitirá uma regularização mais rápida e segura dos cidadãos migrantes. Alguns imigrantes que já tinham agendamentos marcados para uma loja de atendimento tradicional foram orientados a desconsiderar a data anterior. Em alguns casos, as novas datas já foram fornecidas, enquanto em outros, os cidadãos foram informados de que receberão em breve um novo agendamento, com muitos dos atendimentos previstos para meados de outubro.
O envio dos e-mails gerou dúvidas entre muitos imigrantes, que se mostraram desconfiados pela comunicação inesperada, sem aviso prévio ou comunicado oficial. A desconfiança também foi alimentada pelo fato de, recentemente, terem circulado e-mails fraudulentos, levando a própria AIMA a alertar os cidadãos para estarem atentos.
A estrutura de missão é liderada pelo antigo presidente da AIMA Pedro Goes Pinheiro. O atual presidente da AIMA é Pedro Portugal Gaspar, ex-diretor-geral da Direção-Geral do Consumidor. O objetivo do Governo com essa iniciativa é resolver as pendências na AIMA até julho de 2025, para estabilizar a situação dos imigrantes em Portugal e garantir o bom funcionamento da agência.