A Euribor (Euro Interbank Offered Rate) é a taxa de juro média pela qual um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário. É uma referência crucial no sistema financeiro europeu e influencia diretamente as condições de empréstimos bancários, especialmente em financiamentos imobiliários.
Existem diferentes prazos de Euribor, sendo os mais utilizados os de três, seis e 12 meses. A Euribor a três meses é o prazo mais curto e, atualmente, está em 3,449%, atingindo mínimos recentes. A Euribor a seis meses, por sua vez, caiu ligeiramente para 3,379%. Esta última passou a ser a mais utilizada em Portugal em créditos à habitação com taxa variável, sendo aplicada em 37,5% dos empréstimos com essa característica, de acordo com dados do Banco de Portugal. Já a Euribor a 12 meses recuou para 3,094%.
Essas variações nas taxas Euribor são essenciais, pois afetam diretamente o custo dos financiamentos imobiliários, especialmente os de taxa variável. Quando a Euribor sobe, os custos dos empréstimos também aumentam, encarecendo as prestações mensais de quem tem um crédito habitacional vinculado a estas taxas. Da mesma forma, uma descida na Euribor pode aliviar o peso das prestações mensais, favorecendo os mutuários.
A importância da Euribor no contexto dos financiamentos imobiliários é central, já que a grande maioria dos créditos habitacionais em Portugal está indexada a estas taxas. Assim, as flutuações na Euribor influenciam diretamente o montante a ser pago pelas famílias nos seus empréstimos. A descida das taxas Euribor em agosto é a maior registrada em décadas. Detentores dos contratos de crédito à habitação revistos em setembro vão sentir forte redução da prestação a pagar ao banco. Analistas preveem que, até o final do ano, as taxas Euribor se mantenham em torno dos 3%, o que pode trazer estabilidade no curto prazo para os contratos de financiamento habitacional.